O Ecoturismo tem sido meu jeito de fugir das aglomerações

As viagens para conhecer a floresta amazônica não estavam nas minhas prioridades deste ano. Mas agora, pela pandemia, o Ecoturismo, tem ganhando preferência nas atividades que tenho feito nos meus finais de semana.

Para reduzir as chances de transmissão do Coronavírus pelo contato com outras pessoas, a orientação dos profissionais da saúde é evitar aglomerações. Por isso, estou ficando longe de locais fechados e muito visitados como shoppings, academia, restaurantes e bares.

No momento, o jeito que achei para não ficar sempre em casa, é sair e aproveitar o privilégio de morar na maior floresta tropical do mundo, famosa por sua biodiversidade e por ser a maior bacia hidrográfica do planeta. Pôs é!

Neste mês, me propus praticar Ecoturismo e conhecer algumas das belezas naturais do Amazonas.  Desfrutar de ar livre, natureza, corredeiras de água gelada e paisagens de cartão-postal, incentivando sua conservação.

Cachooeira do Mutum, Presidente Figueiredo, Amazonas

A terra das Cachoeiras

Viajei para o município Presidente Figueiredo conhecido como “A terra das cachoeiras”, localizado a 107 km da capital, Manaus. É uma terra abençoada, são 139 cachoeiras catalogadas de diversos tamanhos e formatos, 7 cavernas e 9 corredeiras, segundo dados do Ministério do Turismo.

Conheci a Cachoeira do Santuário, da Pedra Furada e do Mutum. Aproveitei muito mesmo, porque uma cachoeira é mais exuberante que a outra, e o ambiente de selva é único. A beleza e o encanto vêm do aspecto selvagem e da sensação de isolamento proporcionada pelo ambiente natural no meio da floresta.

Os atrativos são muitos. Pedras milenares cercadas pelo verde intenso, o som da água na correnteza ou dos passarinhos.  Por instantes fiquei com a sensação de estar perdida em um oásis no meio da maior floresta tropical do mundo. Respirei fundo, carreguei meus pulmões de ar limpinho e com isso chegaram as boas vibrações.

A Cachoeira do Santuário é uma reserva ecológica que exibe belas quedas d’água, um espetáculo de pedras e uma caverna. A forte correnteza, ao chocar-se contra as pedras, fica debilitada, possibilitando um banho frio e tranquilo nas margens do rio.

No meio da primeira queda d’água está fixada uma pequena estátua de Santa Clara, que é a padroeira do local.

Dilce Maria Rodriguez na Cachoeira do Santuário

Já na Cachoeira da Pedra Furada percebe que ela faz jus ao nome pela correnteza que deságua entre furos de uma grande pedra, formando piscinas naturais.

Outro final de semana o roteiro começou na Cachoeira do Mutum. Realmente é incrível. É um paraíso onde a natureza me abraçou.  A primeira visão é de uma ponte feita com duas toras de árvores/madeira amarradas.

Após isso, chega-se na outra margem e onde pode-se percorrer a pé a corredeira e sentir a forte pressão da água. No meio da floresta nativa formam-se várias piscinas naturais a partir de grandes buracos nas pedras, o local é inesquecível, dá para ficar horas e relaxar.

Mais embaixo há uma queda maior e uma prainha que também dá para aproveitar bastante! Até pode se acampar o fazer um churrasco. Um rapaz me disse que pela noite só tem que se preocupar com três coisas: onças, cobras ou jacaré, só isso!

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