Brasil ultrapassou os 185 gigawatts (GW) na capacidade de geração de energia. Desse total em operação, 83,26% correspondem a usinas que geram a partir de fontes renováveis, como a água dos rios, os ventos e a luz solar.
A marca foi alcançada com a entrada em operação de unidades geradoras em quatro plantas de três estados, liberadas para operação comercial nesta terça-feira (06/09).
As unidades que começam a operar comercialmente, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), demonstram a multiplicidade de fontes e locais característica da geração de energia no país.
A geração de energia por meio de fontes limpas é uma forma saudável de garantir o abastecimento de indústrias, cidades e residências, pois os recursos utilizados nessa geração são infinitos na natureza. Dessa forma o meio ambiente, fauna e flora correrão menos riscos de agressão.
Corrida pelo sol
O estado de Minas Gerais (MG) lidera a geração solar. A energia solar é encontrada mais comumente, já que painéis fotovoltaicos fazem sua captação.
No MG estão as usinas solares fotovoltaicas Janaúba 8, na cidade de Janaúba, com 51,45 MW liberados, e Lar do Sol 7, em Pirapora, com 49,5 MW.
No sistema fotovoltaico, as placas são responsáveis pela geração de energia elétrica a partir da radiação solar.
De vento em popa
O ritmo do crescimento da energia eólica no Brasil está de vento em popa. A Usina Eólica Quina, em Igaporã na Bahia, recebeu a liberação de quatro unidades reunindo 10,8 MW.
A justificativa é que a fonte de energia eólica é mais competitiva e mais barata do que a energia de grandes hidrelétricas. A energia eólica utiliza como fonte as forças do vento. Com o auxílio de pás ou hélices, uma grande estrutura aciona um gerador interno que produz a corrente elétrica. Ela depende, é claro, da constância de ventos da região em que se encontra.
Os aerogeradores no Brasil –principalmente no Nordeste e no Sul do país – têm uma produtividade que costuma ser o dobro da produtividade do restante do mundo
Além disso, a Usina Termelétrica Barra Bonita I, no município de Pitanga no Paraná (PR), teve duas unidades liberadas, totalizando 2,95 MW.
Segunda melhor marca no ano
É cada vez mais comum as pessoas e empresas se preocuparem com as formas de consumo, visando à diminuição da poluição e de todo o desmatamento. Uma maneira de se mostrar mais sustentável e preocupado com o meio ambiente é por meio do uso de uma nova fonte de energia.
Além de contribuir para o meio ambiente, diminui consideravelmente os gastos fixos do negócio, comumente tendo contas de luz exorbitantes.
Outro ponto que destaca ANEEL é que as usinas solares e eólicas respondem pela maior parte da expansão da energia renovável verificada em agosto, de 650,14 megawatts (MW).
Mais da metade (57%) da potência agregada à matriz elétrica no mês provém de usinas solares fotovoltaicas e 220,15 MW (34%), de eólicas.
Trata-se da segunda melhor marca do ano, superada apenas pelo mês de julho, no qual entraram em operação 708,78 MW.
Em 2022, até 31 de agosto, houve crescimento de 3.706 MW na capacidade das usinas.
Brasil ultrapassa os 185 GW de potência instalada
Ainda segundo ANEEL o ano de 2022 conta com novas usinas em 16 estados das cinco regiões brasileiras.
Os estados com maior expansão na capacidade de geração elétrica são, em ordem decrescente, Bahia (671,67 MW), Minas Gerais (610,40 MW) e Rio Grande do Norte (521,14 MW).
O crescimento na matriz de energia limpa ajuda o Brasil a honrar o compromisso assumido na Cúpula do Clima do ano de 2021 de antecipar a neutralidade climática de 2060 para 2050.
Entre os incentivos oferecidos pelo Governo Federal para o aumento da energia limpa está a eliminação de impostos de importação para equipamentos de energia solar, o que tem permitido o aumento da competitividade da fonte solar no Brasil, tanto para a geração centralizada como para a geração distribuída.