O Comando Operacional Conjunto Amazônia divulgou relatório com o balanço dos 60 dias da operação Yanomami, em Roraima, que envolveu o emprego de aeronaves para apoiar as ações na região, como assistência médica, distribuição de alimentos e transporte de indígenas.
Segundo o documento, divulgado nessa semana, até o momento houve 1.903 atendimentos no hospital de campanha montado na região Yanomami e 201 indígenas foram transportados .
“O trabalho desempenhado pelos militares da Força Aérea Brasileira (FAB) no Hospital de Campanha (HCAMP) foi capaz de controlar o cenário delicado vivido pela população indígena, reduzindo drasticamente a necessidade de atendimentos a cada dia, culminando, na última semana, com uma média de dois atendimentos diários”, informou o Comandante da Operação Conjunta Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto.
Realizada pela FAB em conjunto com militares da Marinha e do Exército, a operação envolve mais de 580 militares das Forças Armadas no reforço às ações de enfrentamento de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e o combate ao garimpo ilegal no Território Yanomami, em Roraima.
Alimentos
A operação entregou 20 mil cestas básicas, 350 mil quilos de alimentos, em todo o território indígena, atendendo mais de 40 aldeias. Para tal feito, já foram empregadas mais de 2500 horas de voo, marca expressiva para as Forças Armadas, em tão curto espaço de tempo.
Outro dado importante relativo ao transporte é o de apoio prestado ao Centro de Operação de Emergência (COE) Yanomami. São mais de 8 mil cargas (contabilizadas a partir de 7 de março) e 540 pessoas transportadas em veículos militares.
Quanto às atividades de transporte, o relatório destaca o reparo emergencial da pista do aeródromo de Surucucu, de responsabilidade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
A reforma executado pelo Sexto Batalhão de Engenharia e Construção (6° BEC) do Exército Brasileiro possibilitou, desde os primeiros dias de março, as operações de pousos e decolagens da aeronave C-105 Amazonas, com capacidade para até 64 passageiros ou cinco toneladas de carga, além do C-98 Caravan, outra aeronave empregada na missão.
“Julgo importante ressaltar que, para manter a consistência das ações nesta complexa operação, é imprescindível a sinergia entre as três Forças – Marinha, Exército e Aeronáutica. Os resultados obtidos são fruto da interoperabilidade, que possibilitou a regularidade dos esforços aplicados ao longo de 60 dias”, comentou o subcomandante da Operação, General de Brigada Marcelo Lorenzini Zucco.
Com informação do Comando Operacional Conjunto Amazônia