“A meta é chegar ao pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020”, declarou o levantador de peso Julio Mayora, por telefone de sua casa no estado de Vargas, em agosto de 2019, para o jornal Correo del Orinoco, após quebrar o recorde dos Jogos Pan-americanos na categoria de 73 quilos com 349 no total (153 no arranco e 194 no arremesso)
E depois de dois anos, Mayora cumpriu sua meta. Na madrugada desta quarta-feira 28/7 ele fez história ao conquistar em Tóquio a primeira medalha de prata para Venezuela nestes Jogos Olímpicos.
Ele venceu a prova do levantamento de peso na categoria 73kg. O atleta, de 24 anos, teve um ótimo desempenho em seus levantamentos de 150kg, 154kg e 156kg. E com isso, ele se posicionou como um dos favoritos.
Herói nacional
No bairro Santa Eduviges de Catia La Mar, seus vizinhos acordaram cedo, como todos os dias, mas desta vez para um compromisso especial. Todos queriam assistir seu filho lá nos Jogos Olímpicos.
Num telão bem ali na rua, de onde ele é, todos assistiram com atenção a atuação de Júlio
Quando foi sua vez de fazer seu levantamento limpo e brusco, ela manteve sua personalidade e capacidade: Mayora levantou 186 kg, depois completou o levantamento de 190 kg. Durante sua última arrancada, ele não conseguiu levantar 199 quilos.
O atleta venezuelano ficou atrás apenas do competidor da China, Zhiyong Shi, que desde o início da competição fez a diferença. Atualmente o atleta asiático é o dono do recorde mundial
Todo o país aplaudiu e festejou o triunfo do Guaireño, natural de Catia La Mar, casado com Isaura Hernández e pai da Juliailys. O atleta virou herói nacional e motivo para a população comemorar.
Desde novo
Julio disse ao Correio del Orinoco que amava o mundo do levantamento de peso desde os nove anos: “Eu costumava dizer à minha mãe e à minha família que eu poderia me destacar neste esporte. Mas, foi aos treze anos que Oswaldo Tovar, meu treinador de toda a vida, me observou na Escola do Barrio Aeroporto e me guiou até aquele mundo”.
“Nessa idade também praticava boxe, mas depois de dois meses cansei de levar socos na cara e eles iam me desfigurar (risos). Também joguei futebol aos 15 anos. Ele era bom na defesa e no ataque. No entanto, não tive a chance de ser guiado para uma prática mais organizada. Hoje continuo praticando como hobby”, lembrou o atleta.
E quase desde os 13 anos, Mayora treina Halterofilismo pelo menos três dias por semana, quase sempre no Ginásio Vertical do IND de Caracas, quando está na Venezuela.
Nas horas vagas, dedica-se à família. Reúne-se com sues amigos para comemorar suas conquistas, mas sim bebida alcoólica, destacou “porque vícios fazem mal aos atletas”. Ele não sai muito, porque prefere dividir com a família, já que às vezes passa o tempo fora por causa de competições e concentrações.
Na história
Esta medalha adiciona cinco medalhas de prata para a Venezuela na história das Olimpíadas. Começando com Pedro Gamarro (Boxe, peso meio-médio Montreal 1976), Bernardo Piñango (Boxe, peso galo, Moscou 1980), Yulimar Rojas (salto triplo, Rio 2016), Yoel Finol (Boxe, peso mosca, Rio 2016) E agora Julio Mayora no levantamento de peso.
O jovem conquistou a medalha de número 18 no total para a Venezuela em todas as categorias.
Estamos felizes aquí na Venezuela com essa conquista!
Parabens! Que sejam muitas medalhas mais