A apenas 30 km de Manaus (AM), às margens do rio Negro, encontra-se a Vila de Paricatuba, resistindo ao tempo e transformando-se em um destino turístico intrigante.
As ruínas de um casarão do início do século, cobertas por vegetação exuberante, é o ponto focal para aqueles que amam visitar vestígios históricos e até assustadores. Focando no positivo esteve lá e vivenciamos cada detalhe para proporcionar a você uma experiência completa.
Recuperado pela natureza
Ao explorar o local, as ruínas do casarão dos tempos da Belle Époque revelam-se, com raízes entrelaçadas de árvores centenárias e trepadeiras adornando suas paredes.
A ausência humana permite que a natureza assuma o controle, adicionando uma camada de mistério a esse cenário cativante. Elementos naturais dominam o que resta da construção, acrescentando uma camada extra de intriga a esse passatempo turístico no prédio fantasma tomado pela vegetação exuberante.
Construído em 1898 para abrigar imigrantes, o casarão teve diversas funções ao longo dos anos. Foi sede do Instituto Afonso Pena, Liceu de Artes e Ofícios, cuja inauguração contou com a presença do então presidente Afonso Moreira Pena, em junho de 1906. Administrado por padres franceses. membros da comunidade aprendiam técnicas de marcenaria, construção civil e artes.
Para aqueles que amam explorar vestígios assustadores
Depois, chegou a funcionar como casa de detenção e, em seguida, foi transformado no hospital Belisário Pena, para atender e abrigar portadores de hanseníase. Funcionou como hospital por quase 40 anos, só fechando às portas quando foi construída a Colônia Antônio Aleixo. Na época, a população achava que os hansenianos estavam contaminando as águas do rio, levando a doença para Manaus.
Herança indígena
O prédio era imponente e luxuoso, com janelas coloniais com piso em pinho de riga, paredes revestidas de azulejo portugueses e vasos de louça inglesa importados da Europa.
Hoje, o luxo do passado cederam espaço a uma estrutura de alvenaria envolta pelo mato e raízes de apuizeiros.
Paricatuba recebeu o título de Patrimônio Histórico Cultural Imaterial do Estado em 2015, e seu nome, derivado de “paricás” (erva alucinógena utilizada em rituais dos povos indígenas da região) e “tuba” (grande quantidade), evoca a herança indígena.
Entre as ruínas, os visitantes mergulham na história e na simbiose entre o homem e a natureza, proporcionando uma experiência enriquecedora e memorável
Fotos: @dulce_rodriguez_jornalista