Alimentos ultraprocessados: Dicas para identificar e evitar riscos

Os alimentos ultraprocessados têm se tornado uma presença cada vez mais comum na dieta diária. Um estudo realizado no Brasil mostrou que os alimentos ultraprocessados representam cerca de 20% das calorias diárias consumidas pela população . 

Esses produtos, apesar de serem convenientes e saborosos, podem ser prejudiciais para a saúde devido ao seu alto teor de gorduras, açúcares e sódio, conforme alerta o Ministério da Saúde.

Vamos explorar como identificá-los e entender por que podem ser prejudiciais.

O que são alimentos ultraprocessados?

Alimentos ultraprocessados são produtos que passaram por múltiplos processos industriais, adicionados de ingredientes artificiais como conservantes, aromatizantes, corantes, emulsificantes, e outros aditivos que geralmente não são utilizados em preparações culinárias caseiras.

Exemplos incluem refrigerantes, snacks salgados, biscoitos recheados, embutidos, macarrão instantâneo, entre outros.

Como identificá-los?

  • Lista de ingredientes longa e complexa: Produtos com listas de ingredientes longas, incluindo nomes desconhecidos e números (como “E-450”) indicam alto nível de processamento.
  • Aditivos e conservantes: Presença de aditivos artificiais como estabilizantes, corantes, aromatizantes e conservantes.
  • Embalagem atraente e marketing: Embalagens coloridas e com marketing apelativo, como alegações de saúde ou sabor, são um sinal comum.
  • Prazo de validade longo: Se um produto tem validade de meses ou até anos, é provável que seja ultraprocessado.

Por que  são prejudiciais?

  1. Baixo valor nutricional:
  2. São pobres em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e fibras, e ricos em calorias vazias, açúcar, gordura saturada e sódio.
  3. Risco aumentado de doenças crônicas: Estudos indicam uma associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e um maior risco de obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer. Uma pesquisa publicada no British Medical Journal encontrou que um aumento de 10% na ingestão de alimentos ultraprocessados estava associado a um risco 12% maior de desenvolver câncer .
  4. Impacto no peso corporal: Devido ao alto teor calórico e baixo teor de fibras, esses alimentos podem contribuir para o ganho de peso e a obesidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados é um dos fatores que contribuem para o aumento das taxas de obesidade no mundo .
  5. Desequilíbrio na alimentação: Eles são formulados para serem altamente palatáveis, o que pode levar ao consumo excessivo e desequilíbrio na dieta. Isso pode resultar em deficiências nutricionais e um efeito negativo na saúde geral.

Dicas para reduzir o consumo 

  • Leia os rótulos: Familiarize-se com os ingredientes e evite produtos com aditivos artificiais e listas de ingredientes longas.
  • Prefira alimentos In natura ou minimante processados: Opte por frutas, legumes, grãos integrais, carnes magras e outros alimentos em sua forma mais natural.
  • Cozinhe em casa: Preparar suas próprias refeições permite controlar os ingredientes e reduzir a ingestão de aditivos e conservantes.
  • Evite alimentos embalados e industrializados: Sempre que possível, escolha opções frescas ou minimamente processadas.

A mudança de hábitos alimentares é um passo importante para melhorar a saúde e prevenir doenças. Evitar ou reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados pode ser um investimento valioso para a sua qualidade de vida a longo prazo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *