Andar de bicicleta é uma modalidade sustentável de ir e vir que foi fortemente impulsionada na pandemia.
De acordo com pesquisa feita pela organização Rede Brasileira de Urbanismo Colaborativo, a preferência por pedalar se vivenciam no aumento no número de ciclistas, o que se comprova na elevação das vendas de bikes.
No Brasil, 297 unidades fabris produzem componentes e montam bicicletas, o que resulta em mais de 7.000 empregos. O comércio atacadista compreende 269 estabelecimentos, com geração de cerca de 3.200 mil postos de trabalho, divulgou o Estadão.
No varejo, são 5.700 negócios e em torno de 13.800 empregos. No total, 34.000 postos são gerados. É importante destacar que essa cadeia se concentra, prioritariamente, nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, e tem um grande potencial de crescimento nas outras regiões.
Segundo a publicação: A Economia da Bicicleta no Brasil, o modal gera uma economia, anual, de R$ 12.800, por família, o que contribui também com a condição de renda.
A bicicleta fomenta um ciclo no setor produtivo nacional, com estímulo à produção, à distribuição, à venda e à manutenção.
Não emitem poluntes
Muitas pessoas que adotaram novos hábitos, por necessidade de economizar ou para praticar atividade física ou por preferência, vão seguir caminhando e pedalando.
Caminhar e andar de bicicleta são atividades que não emitem poluentes, o que contribui para a saúde pública das cidades – e é muito relevante se considerarmos que, no Brasil, mais de 20.000 pessoas morrem, por ano, em decorrência da exposição aos materiais particulados do ar.
Trazem benefícios sociais, de saúde e até mesmo economia pessoal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a caminhada e o uso da bicicleta melhoram as condições físicas, reduzindo riscos de diabetes, ajudam em problemas intestinais, doenças respiratórias crônicas, além de diminuir o estresse, que pode causar acidente vascular cerebral e ataque cardíaco.
Malha cicloviária em expansão
Todo mundo pensa no Amsterdã onde as pessoas andam de bicicleta, como algo legal, mas na realidade lá é frio e chove muito. O Brasil é um paraíso natural, mas, não apenas para contemplar, mas também para pedalar, aqui é muito mais prazeroso.
A capital brasileira com a maior malha cicloviária é São Paulo: 498,3 km. Em seguida, vêm Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador. Na parte de baixo dessa tabela, encontramos Macapá, com apenas 11 km, São Luís e Porto Velho, segundo o Observatório da Bicicleta
Esses números representam uma considerável expansão. Os 3291 km de ciclovias das capitais brasileiras somadas são 133% a mais do que os 1414 km que existiam em 2014.
Mesmo que ainda lento, existe um movimento para tornar as cidades mais acessíveis e seguras para os ciclistas e para incentivar que a bicicleta se torne um meio de transporte respeitado.
Por outro lado, ainda falta muito para que a expansão da malha cicloviária seja satisfatória, salientou o Observatório da Bicicleta.
Amsterdã é uma cidade de apenas 800 mil habitantes e possui mais de 500 km de ciclovias, número superior ao de qualquer capital brasileira. São Paulo, por exemplo, tem mais de 12 milhões de habitantes. A comparação mostra o quanto é longo o caminho que ainda precisa ser percorrido.
Viajar e pedalar: 3 destinos imperdíveis no Brasil
Seja para quem gosta do cicloturismo, seja para atletas amadores ou profissionais, se você sonha em fazer uma trip de bike, a Red Bull tem sugestões de destinos que são incríveis, olha só:
Fernando de Noronha
O arquipélago é um destino muito mais conhecido pelos surfistas, naturalmente. No entanto, para aqueles que gostam de pedalar em meio à natureza, certamente este pequeno pedaço de paraíso precisa estar na lista de desejos.
São estradas e trilhas curtas, onde todos os caminhos levam a alguma praia de águas cristalinas ou no mínimo até um visual digno de cartão postal. A dica para visitante é alugar uma bike no local e levar sua própria garrafa de água, já é possível reabastecer gratuitamente nas entradas das praias.
O estado sempre teve tradição no ciclismo e a capital vem se destacando no mountain bike. Hoje, Floripa tem trilhas para cross country, enduro e downhill, graças ao trabalho árduo do grupo Ciclotrilhas.
Uma revolução para quem gosta de pedalar nas montanhas, já que inúmeras das trilhas históricas que cortam a parte da cidade que fica na ilha passaram a receber manutenção. O resultado é o crescimento do esporte, a possibilidade de andar em qualquer época do ano e, claro, o aumento de ciclistas.
Algumas das trilhas clássicas são a Trilha das Antenas, na região central da cidade, pista de XC no bairro João Paulo e o pedal no Morro do Gravatá, com visual exuberante das praias Mole e Joaquina.
Estrada Real
A Estrada Real é a maior rota turística do Brasil. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Existem diversos caminhos que levam o título de Estrada Real de Diamantina (MG) até Paraty (RJ).
Por isso, escolha o mais apropriado para fazer de bicicleta. Uma referência é o Guia de Cicloturismo da região, produzido pelo casal Antonio Olinto e Rafaela Asprino.
Campos do Jordão
A cidade turística paulista, na Serra da Mantiqueira, vai muito além dos famosos festivais no inverno. Campos do Jordão é um destino popular para todo o tipo de ciclista, desde o estradeiro que encara as subidas inclinadas da serra antiga que liga a cidade a Monte Verde (MG) até os mountain bikers.
Um destaque é o Zoom Bike Park, que fica próximo do Horto Florestal, que oferece pistas para todos os níveis de habilidades técnicas e ainda alugueis de bikes, além de outras atividades, como passeio a cavalo e arvorismo.