Castanha de Caju alimento rico em nutrientes que trazem bem-estar

A renda mensal de Antônio Rogerio Filho de 22 anos e da sua família depende da venda da castanha de caju. Há 6 anos ele atua no ramo e tem trabalhado em diferentes lojas da sua família no Mercado Central de Fortaleza, localizado no centro da capital do Ceará, região Nordeste do Brasil.

Desde 2019 ele e sua esposa Brena Costa empreenderam na sua própria loja que chamaram: Rogerinho Castanhas e é de suas vendas que tiram seu sustento. Como eles, muitas famílias Cearenses têm no cultivo do caju, na industrialização caseira em pequenas fábricas e na venda de castanha, as únicas opções de trabalho.

As castanhas de caju são saborosas, ricas em selênio, vitaminas E, B, Ômega 3 e são excelentes aliadas para a saúde. Oferecem magnésio e proteínas, reduzem os níveis de colesterol no sangue, fortalecem o sistema imunológico e diminui o risco de doenças cardíacas, comentou o lojista.

Segundo ele, as castanhas combatem o envelhecimento precoce, reduzem a pressão arterial e ainda trazem mais um montão de benefícios para a nossa saúde. São aliadas da beleza. Uma pequena porção diária já ajuda a melhorar a qualidade da pele, das unhas e dos cabelos. São tantos nutrientes encontrados nessas pequeninas oleaginosas que parece até loucura deixá-las de fora de qualquer dieta, salientou.

Antônio Rogerio aponta que a castanha de caju traz inúmeros benefícios para a nossa saúde. Foto:Rogerinho Castanha

Atraem turistas e geram bons negócios

Ir para o Ceará e não comprar um pacote de castanha de caju é como se não tivesse ido. A oferta de opções é ampla.

No Mercado Central de Fortaleza na avenida Alberto Nepomuceno a variedade de castanhas de caju e lojas é para todos os gostos. Souvenirs, moda praia, artigos em couro, redes, artesanatos, comidas e doces típicos são abundantes. 

“Aqui temos de tudo e mais um pouco, no Mercado Central de Fortaleza Piso - Térreo, loja 52 vem comprar barato”, disse o proprietário de Rogerinho Castanhas. Foto: Dulce Maria Rodriguez

Na Feirinha da avenida Beira Mar, orla que reúne as praias do Náutico, Meireles e de Iracema, cruzando o coração de Fortaleza, possui as mais variadas opções de entretenimento, muitas barracas, artesanato para todos os bolsos, lembrancinhas, bolsas, roupa e bikinis. Também é um dos melhores lugares para comprar castanha de caju na cidade.

Os turistas encontram inúmeras lojas com degustação de castanha de diferentes tipos e não teram como resistir a compra.

Na Feirinha Beira-Mar a venda de castanha de caju tem destaque. Foto:divulgação

Primeiro lugar em exportação

O caju é um dos produtos agrícolas mais representativo na economia do Estado. O Ceará tem 269.829 hectares de área destinada à plantação do caju e esse território representa 63,24% da área total de cajueiro destinada à colheita no Brasil, seguido por Rio Grande do Norte e Piauí, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM).

Para se ter uma ideia da importância que tem a amêndoa da castanha-de-caju para as famílias do estado, ela pela quantidade de benefícios que oferece para a saúde ocupa o primeiro lugar em exportações dos principais agronegócios e o quarto lugar entre os principais setores das exportações na economia cearense, de acordo com estudo divulgado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

A castanha de caju é considerada uma iguaria internacional e muito procurada. Foto: Federação das Indústrias do Estado do Ceará

De todos os gostos e tipos

Na loja de Antônio Rogerio, se encontra a castanha de caju em diferentes formatos e opções. Desde assada natural, torrada em banda, torrada sem sal e salgada, crua natural, caramelizada, inteira, quebrada, trituradas, farinha e outros tipos. É vendida no varejo e atacado e faz envios para todo o Brasil. 

Rogerinho Castanhas faz envios para todo Brasil. Foto: Dulce Maria Rodríguez

O Anacardium occidentale, nome científico do cajueiro, é originário do Brasil. Há descrições portuguesas da planta pelo menos desde meados do primeiro século da colonização. O caju foi levado pelos portugueses para África e Ásia e na década de 1950, começaram os primeiros plantios organizados de cajueiro no Nordeste do Brasil.

Fruto o pseudofruto?

O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos popularmente como “caju” se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.

O verdadeiro fruto do cajueiro é a castanha. Foto:Dulce Maria Rodriguez

O caju demora um ano para dar frutos. A época de maior oferta ocorre nos meses coincidentes com a safra no Nordeste, entre setembro e novembro.

A castanha de caju controla a pressão arterial por conta da alta concentração de magnésio presente em sua composição. Foto:divulgação

1 comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *