Coimbra é aquele tipo de cidade que parece ter saído direto de um conto medieval! Com suas ruas estreitas, pátios charmosos e arcos cheios de história, cada esquina é um convite para viajar no tempo. E no coração desse cenário encantador está a alma intelectual da cidade: a Universidade de Coimbra.
Sabia que ela foi fundada em 1290, originalmente em Lisboa, e só chegou a Coimbra em 1537? Pois é, essa universidade é um verdadeiro ícone de tradição e excelência acadêmica. Seu lema, Scientiae thesaurus mirabilis (“o admirável tesouro do conhecimento”), não poderia ser mais apropriado para o impacto que ela tem na construção do saber há séculos.
Nossa equipe do Focando no Positivo esteve por lá e trouxe todas as vivências dessa cidade fascinante para inspirar você. Spoiler: foi amor à primeira vista! Quer saber o que descobrimos?
Ícone do conhecimento e turismo
A Universidade de Coimbra é uma das dez instituições de ensino superior mais antigas da Europa em funcionamento contínuo. Reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2013, sua importância transcende o âmbito acadêmico, tornando-se também um ícone cultural e turístico.
Construída em 1728, a biblioteca é um show à parte. O Piso Nobre, com suas três salas ricamente decoradas, é um deslumbre de estantes douradas, tetos pintados e detalhes que misturam madeira e mármore falso com perfeição.
Cada sala tem uma cor predominante (preto, vermelho ou verde), e o retrato do Rei D. João V domina o espaço, nos lembrando quem foi o responsável por esse projeto grandioso.
Mas o que mais nos surpreendeu? Os mais de 60 mil volumes que repousam por lá não estão protegidos só por paredes grossas de 2 metros! Desde o século XVIII, duas colônias de morcegos ajudam a combater os insetos que poderiam danificar os livros. E, sim, eles ainda estão por lá! Todos os dias, as mesas são cobertas para proteger os móveis dos pequenos “moradores” noturnos.
A visita também nos levou ao Piso Intermédio, que já foi depósito de livros e até casa de professores, e à curiosa Prisão Acadêmica, que funcionou até 1834. Um cárcere medieval que preserva suas celas estreitas e uma escada em caracol — dá para imaginar estudantes rebeldes por lá?
Além de toda essa história, a Biblioteca Joanina continua em pleno funcionamento, com um processo de digitalização em andamento e obras que podem ser consultadas até hoje. Sem dúvida, é um lugar onde o passado e o presente se encontram de forma mágica.
Palacio Real
O lugar já foi residência do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e abriga muita história, desde a época em que era uma alcáçova muçulmana no século X.
A parada pela Sala das Armas foi marcante: lá, já foram guardadas armas da Guarda Real Acadêmica, e hoje é usada em cerimônias solenes. Depois, a Sala Amarela, com suas paredes de seda, nos mostrou como as faculdades eram representadas por cores — a amarela, claro, da Medicina.
O ponto alto? A Sala dos Atos Grandes, que já foi sala do trono e palco de momentos históricos como a aclamação de D. João I. O teto, com 172 painéis de madeira cheios de figuras exóticas, e os retratos de reis de Portugal nas paredes, dão um ar majestoso.
Já na Sala do Exame Privado, foi curioso descobrir que lá os licenciados faziam provas orais ao anoitecer.
E ainda, as reformas do Marquês de Pombal transformaram esse espaço, trazendo o Jardim Botânico e o Observatório Astronômico, que hoje fazem parte do Museu da Ciência.
O encanto de uma cidade medieval
O centro histórico de Coimbra, bem preservado, transporta os visitantes para a época em que a cidade era o berço da Primeira Dinastia portuguesa e onde nasceram seis reis.
Ao caminhar por suas ruas estreitas, sentimos a atmosfera única de uma cidade que às margens do Rio Mondego, equilibra a vida universitária vibrante com a serenidade de seu legado histórico.às
O Rio Mondego confere um charme especial a Coimbra, com vistas panorâmicas maravilhosas e espaços de lazer ao longo de suas margens
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Fotos e vídeo: @dulce_rodriguez_jornalista e Universidade de Coimbra