A gestão dos resíduos sólidos em São Paulo (SP) conta agora com novas diretrizes. A lei 17.806/2023, sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, tem efeito imediato e estabelece novas regras para o descarte do que é gerado em eventos públicos, privados ou público-privados, realizados em todo o estado, com benefícios ambientais, sociais e econômicos.
A lei determina que o gerenciamento de toda a cadeia – coleta, transbordo, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada – para shows, festivais musicais, festas regionais, campeonatos esportivos, congressos, feiras e afins, é de responsabilidade de organizadores, fornecedores e estabelecimentos.
Além disso, estabelece que o processo deverá ser conduzido preferencialmente por cooperativas de catadores de material reciclável, o que amplia a cadeia econômica e abre espaço para a expansão desse tipo de serviço.
Time de sustentabilidade
A NürnbergMesse Brasil, uma das principais promotoras de encontros de negócios do país já tinha adotada a medida desde o inicio do ano.
O evento-teste foi realizado no Catarina Aviation Show, a primeira feira com 100% dos estandes sustentáveis do país. Na sequência, foi possível estender a ação às grandes feiras promovidas pela empresa.
“Hoje, fazemos o gerenciamento de todos os resíduos descartados nos nossos pavilhões. Temos um time de sustentabilidade que faz a segregação in loco para garantir uma taxa maior de destinação reciclável e correta”, explica Caroline Guedes, coordenadora operacional que lidera as ações de ESG da NürnbergMesse Brasil.
A empresa contou com iniciativas sustentáveis na FCE Pharma, FCE Cosmetique, PET South America, PET VET e Analitica Latin America, realizadas no São Paulo Expo, na capital paulista.
“Antes, os resíduos produzidos nesses eventos eram jogados em caçambas e a gestão deles era feita pela empresa de coleta responsável pelo pavilhão.
Reciclagem e novos produtos
Hoje, com essa separação interna, podemos atuar com uma gama maior de materiais e, além de reciclar, fomentar a mão de obra circular social através do envio do que é descartado para ONGs que transformam rejeito em novos produtos”, acrescenta Caroline.
Mais do que criar eventos “lixo zero”, a promotora tem como meta diminuir a produção de resíduos.