A poluição luminosa é um problema ambiental crescente no Brasil, especialmente nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Com o avanço da urbanização e o uso excessivo de iluminação artificial traz consequências graves para a saúde humana, o meio ambiente e a economia.
Focando no positivo apresenta os impactos da poluição luminosa, estatísticas relevantes no Brasil e a regulamentação vigente, como um alerta para a população.
O que é poluição luminosa?
A poluição luminosa ocorre quando há excesso de luz artificial, principalmente em áreas urbanas, o que prejudica a visibilidade do céu noturno e interfere nos ciclos naturais de pessoas, animais e plantas.
Ela é gerada por fontes como shoppings, postes de iluminação pública, outdoors, fachadas iluminadas e anúncios comerciais.
Consequências para as pessoas
A exposição prolongada à luz artificial durante a noite pode causar distúrbios do sono e problemas de saúde, como insônia e estresse.
Estudos indicam que a poluição luminosa contribui para a redução da produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono.
A Sociedade Brasileira do Sono relatou que mais de 65% da população brasileira sofre de algum distúrbio do sono, sendo a poluição luminosa um dos fatores que agravam essa condição.
Em Curitiba, dados da Associação Paranaense de Otorrinolaringologia mostram um aumento significativo nos casos de distúrbios do sono, especialmente em regiões com maior concentração de iluminação pública, como no centro da cidade e nos bairros comerciais.
Impacto no meio ambiente
A poluição luminosa também afeta gravemente o meio ambiente. No Brasil, espécies como aves migratórias e insetos sofrem desorientação devido à luz artificial, o que interfere em sua navegação, caça e reprodução.
Segundo um estudo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a iluminação artificial afeta significativamente a biodiversidade em áreas protegidas e urbanas.
Em Curitiba, áreas como o Parque Barigui e o Jardim Botânico estão entre as regiões mais impactadas pela poluição luminosa. A fauna noturna, como corujas, morcegos e pequenos mamíferos, têm seus padrões de comportamento alterados, o que prejudica suas atividades naturais.
Em Cifras
- No Brasil, cerca de 75% da população vive em áreas urbanas onde a poluição luminosa afeta a visibilidade do céu noturno. Esse dado foi apontado em um estudo conduzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 2021, que também revelou que o consumo de energia elétrica desperdiçada em iluminação desnecessária custa ao país cerca de R$ 1 bilhão por ano.
- Em Curitiba, um levantamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (2022) mostrou que aproximadamente 15% do consumo total de energia da cidade é destinado à iluminação pública, grande parte dele utilizada de forma ineficiente, contribuindo para a poluição luminosa.
O que pode ser feito?
1-Adoção de iluminação eficiente:
Substituir lâmpadas tradicionais por LED de baixa intensidade e utilizar sistemas automatizados com sensores de presença para reduzir o desperdício de luz. Curitiba já deu passos importantes nessa área, com a modernização de parte de sua iluminação pública.
2- Conscientização da população:
Informar os cidadãos sobre os impactos negativos da poluição luminosa e incentivar o uso responsável de luzes em ambientes privados e comerciais é essencial para reduzir o problema.
3- Regulamentação mais rigorosa:
As cidades brasileiras podem intensificar o controle sobre a iluminação externa e fachadas, adotando práticas como a redução da iluminação de outdoors e prédios comerciais durante a madrugada.
Reduzir o impacto da poluição luminosa promove um ambiente mais saudável e equilibrado para todos.
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Fotos: @dulce_rodriguez_jornalista
Pexel, Vinicius Pimentel