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Imagine uma cidade onde cada esquina conta uma história, onde o passado está vivo em cada monumento e onde a natureza e a cultura se encontram em perfeita harmonia. Esse é o cenário que encontramos na Lapa, Paraná.

A equipe de Focando no positivo estive lá para explorar seus tesouros históricos, nos maravilhar com suas belezas naturais e saborear sua rica gastronomia. Agora, convidamos você a embarcar conosco nessa viagem, enquanto revelamos tudo o que faz da Lapa um destino imperdível para quem deseja viver a história de perto.

Fundada em 1769, a 70 km de Curitiba, na região dos Campos Gerais, retrata o Brasil do século XIX, a cidade teve sua origem com a passada dos tropeiros na região, os quais foram muito importantes para a economia do país.

Importância para o Brasil

Ao caminhar pelas ruas da Lapa, é impossível não sentir o peso da história que permeia cada canto da cidade. O que mais nos impressionou foi o papel crucial que a Lapa desempenhou durante o Cerco da Lapa, em 1894, um momento decisivo da Revolução Federalista.

Visitamos a Casa da Memória e o Museu Histórico da Lapa, onde pudemos ver de perto documentos, objetos e relíquias que nos transportaram de volta ao final do século XIX.

É emocionante estar em um lugar onde a bravura dos defensores da cidade foi tão marcante que ecoa até hoje.

Explorar o Centro Histórico da Lapa foi como viajar no tempo. Cada construção, meticulosamente preservada, nos contou um pedaço da história da cidade.

Ficamos particularmente encantados com a Igreja Matriz de Santo Antônio, que com sua arquitetura colonial simples, nos envolveu em uma atmosfera de paz e reflexão.

Também visitamos o Theatro São João, que, para nossa surpresa, ainda hoje oferece uma programação cultural ativa.

O cerco da Lapa

Não poderíamos deixar de mencionar o Panteão dos Heroes, onde homenageamos os combatentes do Cerco da Lapa.

A guarnição militar lapiana, composta por 639 soldados e alguns voluntários, enfrentou mais de 3000 soldados federalista chamados de “Maragatos” e resistiu bravamente.

Foram derrotados só depois que o seu comandante, General Carneiro, morreu devido a ferimentos da batalha.

Diz a lenda que suas últimas palavras foram: “Resistência, resistência… Resistamos camaradas, porque nós, soldados, não temos direitos, mas apenas deveres a cumprir, e os deveres de um soldado resumem-se em um único, queimar o último cartucho e depois morrer”.

O famoso Cerco da Lapa durou 26 dias e assim as forças de Floriano Peixoto tiveram tempo suficiente para se reforçarem em Itararé – SP, onde impediram que os revoltosos chegassem a capital, o Rio de Janeiro.

Localizada bem em frente ao Panteão dos Heróis, sob a mira dos canhões que participaram do cerco da Lapa, a Casa Lacerda serviu de quartel general das forças lapianas durante o cerco da Lapa.

Foi justamente na primeira sala da casa que foi assinada a ata de rendimento dos lapianos, após a morte do General Carneiro.

A casa é toda mobiliada com móveis da época e assim como no Museu Histórico, para conhecer a Casa Lacerda, é preciso utilizar um chinelo especial.

Sentimos uma conexão profunda com a história do Brasil ao pisar nesse solo sagrado.

As belezas naturais 

Além de sua rica história, a Lapa nos surpreendeu com sua natureza exuberante. Passamos uma tarde explorando o Parque Estadual do Monge, onde caminhamos por trilhas cercadas de mata nativa e desfrutamos de vistas deslumbrantes da região. 

Tivemos a oportunidade de relaxar em meio aos campos da serra, com suas paisagens tranquilas, rios e cachoeiras, que nos convidaram a uma pausa revigorante.

Sabores

Claro que nossa experiência na Lapa não estaria completa sem nos deliciarmos com a culinária local. O virado lapeano foi uma experiência gastronômica inesquecível, uma verdadeira explosão de sabores que nos conectou diretamente à tradição dos tropeiros. 

Nos restaurantes e cafés da cidade, muitos deles situados em charmosos casarões históricos, provamos doces caseiros, pães artesanais e o tradicional café paranaense, preparados com o carinho que só a hospitalidade lapeana oferece.

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Fotos e vídeo: @dulce_rodriguez_jornalista

Prefeitura da Lapa

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Florianópolis: descobrindo o encanto do seu Mercado Público https://www.focandonopositivo.com.br/florianopolis-descobrindo-o-encanto-do-seu-mercado-publico/ https://www.focandonopositivo.com.br/florianopolis-descobrindo-o-encanto-do-seu-mercado-publico/#respond Wed, 28 Feb 2024 00:15:55 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=5804 Neste mês de fevereiro, celebram-se 122 anos do Mercado Público de Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, famosa por suas praias. Trata-se de um destino icônico, que continua encantando com sua arquitetura, diversidade e história. Venha conosco conhecer esse lugar imperdível. Focando no Positivo esteve lá e vivenciou uma […]

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Neste mês de fevereiro, celebram-se 122 anos do Mercado Público de Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, famosa por suas praias. Trata-se de um destino icônico, que continua encantando com sua arquitetura, diversidade e história.

Venha conosco conhecer esse lugar imperdível. Focando no Positivo esteve lá e vivenciou uma experiência sensacional, agora compartilhada para que você não perca esse momento especial!

Ao adentrar o imponente edifício amarelo, seus sentidos são aguçados por cores vibrantes, vozes em diversos idiomas, aromas irresistíveis de comidas saborosas, peças de artesanato, roupas, e a alegria contagiante dos lojistas.

O local de fácil acesso onde hoje fica o edifício, era um espaço que mercadores e pescadores vendiam seus produtos ao ar livre.

Foto: Site do Mercado Público de Floripa

Com o anúncio de que o Imperador Dom Pedro I visitaria a cidade, os comerciantes foram removidos do local e em meados do século XIX foi construída uma estrutura, que posteriormente foi ampliada e se tornou o edifício que hoje conhecemos.

Preservando o padrão arquitetônico, o prédio tombado pelo patrimônio histórico municipal é um testemunho vivo da história local.

Sua função de unir a comunidade permanece forte, conquistando cada vez mais admiradores pelos seus estabelecimentos únicos, como lojas, bares, cafeterias e restaurantes.

Tudo e além

Próximo ao mar, além de ser um local perfeito para almoços e encontros entre amigos, o mercado oferece uma ampla variedade de opções, desde bares acolhedores até lojas de pescados e presentes.

Os visitantes são atraídos pela diversidade dos boxes, que oferecem artesanato, calçados, comércio em geral, confecção, empório, hortifruti, peixaria e açougue.

Neste prédio histórico de arquitetura bonita onde muitas coisas se passaram, entre alegrias e tristezas, continua a transbordar o cotidiano do povo florianopolitano.

Apesar dos desafios, como o incêndio de 2005 que exigiu a reconstrução da ala norte, o Mercado Público renasceu com a última grande reforma iniciada em 2013, preservando-se os mesmos conceitos arquitetônicos antigos.

Agora, totalmente revitalizado, o Mercado permanece aberto nos dias úteis das 7h às 19h e aos sábados das 7h às 14h, com bares estendendo seu horário.

Uma verdadeira celebração da tradição e da renovação em pleno coração de Florianópolis.

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Presépio: Encante-se com este tributo de amor, fé e gratidão https://www.focandonopositivo.com.br/presepio-encante-se-com-este-tributo-de-amor-fe-e-gratidao/ https://www.focandonopositivo.com.br/presepio-encante-se-com-este-tributo-de-amor-fe-e-gratidao/#respond Wed, 29 Nov 2023 16:31:39 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=5498 Desde sua infância na Venezuela, Carolina Morales cultivava o sonho de criar um grandioso presépio enquanto entoava cânticos de Natal ao menino Jesus. Anos mais tarde, residindo em Houston, nos Estados Unidos, ela não apenas realizou esse sonho, mas também transformou sua paixão pelo espírito natalino e pela tradição em um magnífico presépio. Essa incrível […]

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Desde sua infância na Venezuela, Carolina Morales cultivava o sonho de criar um grandioso presépio enquanto entoava cânticos de Natal ao menino Jesus. Anos mais tarde, residindo em Houston, nos Estados Unidos, ela não apenas realizou esse sonho, mas também transformou sua paixão pelo espírito natalino e pela tradição em um magnífico presépio.

Essa incrível criação se tornou uma homenagem à sua mãe e uma expressão vívida de sua devoção a Jesus Cristo. Carolina faz o presépio todos os anos e para ela é verdadeiramente um trabalho de amor.

Carolina Moreno e seu esposo Jorge Moreno. Ela explicou "Levei 6 dias inteiros para erguer o presépio mas valeu muito a pena! "

A história começou quando Carolina herdou as figuras do presépio de sua mãe, relíquias com aproximadamente 70 anos originárias da Itália. Essas peças, representando os principais personagens da história, como José, Maria, o menino Jesus, o pastor alto e os Três Reis Magos, marcaram a infância dela.

Seu irmão as levou da Venezuela para Houston nos Estados Unidos, alimentando o desejo de Carolina de homenagear sua mãe, que plantou a semente dessa tradição e amor por Jesus Cristo.

O início

A tradição do presépio remonta ao século XIII, quando São Francisco de Assis, conhecido por sua devoção aos ensinamentos de Cristo e sua mensagem de humildade e amor, criou o primeiro presépio vivo em Greccio, na Itália, em 1223.

Ele recriou o cenário do nascimento de Jesus com figuras humanas, animais e uma representação da manjedoura para celebrar o Natal e simbolizar o nascimento de Jesus Cristo.

Sonho e desafios

De 2019 a 2022, Carolina construiu a cidade de Belém em menor escala, mas neste ano, enfrentou desafios devido ao calor intenso no Texas, precisando realizar várias correções nas estruturas do presépio.

A inspiração para essa empreitada veio das gentis respostas e apoio recebidos ao longo dos anos, impulsionando-a a realizar seu sonhou.

Clique e confira o magnífico presépio, composto por peças de 5 polegadas de altura

O ano de 2023 trouxe um senso de urgência à Carolina, devido à guerra em Israel, terra onde seu Salvador nasceu.

Mesmo com desafios logísticos, montou o presépio na garagem da sua casa transformando o espaço limitado em um cenário grandioso.

Passagens bíblicos

 Sentir-se escolhida e marcada por essa experiência a surpreende, refletindo sobre a gratidão e a honra em representar a salvação recebida, mantendo viva a tradição.

Cada detalhe do presépio foi inspirado em passagens bíblicas específicas, desde a anunciação a Maria até a adoração dos Magos. Carolina expressa sua esperança de que esse gesto seja uma bênção para todos, desejando um Natal abençoado a todos os que visitem o presépio.

Com peças da Fontanini, adquiridas online e com 5″ de altura, o presépio montado na garagem alcança 16 pés de comprimento. Apesar dos desafios, ela conseguiu acomodar quase todas as peças, exceto as pirâmides da cena do Egito, criando assim uma representação impressionante da cena do nascimento de Cristo.

Vídeo e fotos: Carolina Morales

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Carnaval: a festa da diversidade e inclusão https://www.focandonopositivo.com.br/carnaval-a-festa-da-diversidade-e-inclusao/ https://www.focandonopositivo.com.br/carnaval-a-festa-da-diversidade-e-inclusao/#respond Fri, 17 Feb 2023 18:48:37 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=3425 Foi dada a largada para o carnaval. Conhecido também como a maior festa popular brasileira, o carnaval se transformou num dos espaços importantes de diversidade e inclusão a partir da ressignificação que sofreu ao longo das décadas. “O carnaval não é uma festa brasileira, tem origem europeia. Mas foi ressignificada no Brasil com a influência […]

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Foi dada a largada para o carnaval. Conhecido também como a maior festa popular brasileira, o carnaval se transformou num dos espaços importantes de diversidade e inclusão a partir da ressignificação que sofreu ao longo das décadas.

“O carnaval não é uma festa brasileira, tem origem europeia. Mas foi ressignificada no Brasil com a influência dos povos da diáspora africana e dos povos originários”, explica Tadeu Kaçula, sambista, sociólogo e escritor.

O carnaval no Brasil tem suas raízes históricas no período colonial, tornando-se uma lucrativa atividade comercial no século XX. O entrudo era praticado pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas.

Além de uma festa, o carnaval é hoje um espaço importante de diversidade e de sociabilidade política e econômica.

“É um dos poucos espaços democráticos que a gente consegue ver a diversidade. É um espaço de acolhimento e de sociabilidade. É um dos poucos momentos, num país tão tenso, relacionado a classe, raça e gênero que essas questões vão se apaziguando e se torna um espaço de acolhimento e que, torna de fato, nossa sociedade muito mais plural, mais acolhedora e igualitária”, reforça o sociólogo.

O Carnaval transformou-se na principal festa popular brasileira a partir da década de 1930 e, atualmente, conta com os blocos de rua que acontecem nos grandes centros do país, assim como os desfiles das escolas de samba.

 Blocos de rua

Os primeiros blocos carnavalescos e cordões foram totalmente organizado pelo povo, que desfilava pelas ruas com carros decorados ao estilo de uma grande e animada procissão, carregada de manifestações populares. Isso foi o início do movimento que hoje se conhece como blocos de rua.

 Atualmente os movimento de diversidade e inclusão podem ser visto nas mais diversas manifestações carnavalescas pelo país, como nos desfiles dos blocos de rua.

“Na rua todo mundo é igual e você conhece as pessoas, não as categorias. Humanizar cada pessoa e não a reduzir a sua sexualidade, cor, raça… Neste momento, as barreiras diminuem e o sonho é que num próximo contato, quando você estiver exposto às diferenças, você se lembre daquela pessoa legal que conheceu, do amigo que fez e que isso alimente a tolerância. Que ganhemos aliados”, reforça Nathalia Takenobu, produtora e DJ do bloco Agrada Gregos, o maior bloco LGBTQIAP+ do Brasil que desfila pelas ruas do carnaval paulistano.

Carnal de rua em São Paulo

Na capital amazonense não fica de fora. O espírito momesco tomou conta dos quatro cantos de Manaus, na expectativa do carnaval. Entre o último sábado e o domingo, 11 e 12, a cidade foi palco de diversas bandas, blocos e festas de rua, com uma movimentação de mais de 200 mil foliões, servindo de “esquenta” para a abertura oficial do Carnaval 2023.

A programação, voltada para todos os gostos, gêneros e públicos, promete movimentar a cidade até o dia 25 de março, com as 109 bandas

Carnaval de rua em Manaus

Escolas de samba: espaços de luta, resistência e pertencimento

As escolas de samba têm a sua origem na criação de espaços de luta e resistência. Espaços de sociabilidade da população preta, criada no pós-abolição.

“Disso, surgiram os cordões, os primeiros folguedos pelo país. Essas dimensões sagradas de resistência negra e os grupos carnavalescos foram criados como espaço de preservação, de resistência, de sociabilidade onde essas famílias se encontravam e se aquilombavam para manter a sua cultura, história e origens”, conta Kaçula.

“Era onde os nossos mais velhos – os nossos ‘griôs’ usavam como importante espaço político e através do samba contavam a verdadeira história do Brasil, a história negada”, complementa o sociólogo.

Segundo Tadeu Kaçula, o carnaval foi ressignificado, mas ainda hoje é um espaço de resistência e muitas escolas de samba tem retomado algumas narrativas de pertencimento e recuperando parte importante e significativa do papel social e político das escolas de samba.

 A inclusão da comunidade LGBTQIAP+, hoje fortemente reforçada por alguns blocos de rua também, está presente há mais tempo no carnaval.

“Sempre houve a inclusão da população LGBTQIAP+. Ela sempre esteve presente e respeitada. Num momento em que não era “aceitável”, eles já se sentiam e se sentem acolhidos e acolhidas nos espaços das escolas de samba. A escola de samba é uma escola de vida que faz com que a sociedade repense como é importante trabalhar com a perspectiva do respeito”, explica o sociólogo Tadeu Kaçula.

Tema racial ganha protagonismo

Em São Paulo, por exemplo, algumas escolas trarão o tema racial como enredo no carnaval deste ano.

É o caso da Sociedade Rosas de Ouro que vai falar sobre o histórico de lutas e resistência do povo negro no enredo ‘Kindala! Que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome’.

A escola vai exaltar a luta, a força e as conquistas do povo negro através dos tempos, desde seus ancestrais escravizados até os dias atuais, chamando atenção para a igualdade e o respeito.

“Nos últimos anos, vimos um aumento considerável na divulgação dos casos de racismo em todo mundo. Aliado a isso, tivemos uma tentativa de apagamento de figuras históricas do movimento negro e a contestação de políticas raciais por parte do nosso último governo federal. Isso nos motivou a atingir o ponto fraco e levar esse enredo para a pista”, conta a presidente da escola, Angelina Basílio.

Escola de samba Grande Rio campeâ Carnaval 2022 RJ

A escola promete que atingirá o ponto fraco, e mostrará não só o lado cruel da história, mas sim, as grandes conquistas do povo negro ao longo dos tempos, sua imponência, seu legado e sua ancestralidade.

Para a escola, trazer a diversidade para o centro do discurso é muito importante já que, segundo a Rosas de Ouro, o carnaval é o lugar onde as pessoas podem ser o que elas querem, livres de preconceitos ou taxações da sociedade. Isso é fundamental para a própria existência da festa.

“A palavra resistência é que melhor nos define nos dias de hoje, pois lutamos para seguir levando ao mundo essa arte criada por negros e que acolhe todas as pessoas. Os bastidores de uma escola de samba, por exemplo, é um ambiente de diversidade e pluralidade, já que damos espaço e oportunidade para todos nos mais diferentes setores da escola. É um local de acolhimento para muitas pessoas que não conseguem, por exemplo, se realocar no mercado de trabalho”, explica a presidente.

História, tradições e cultura 

Outra escola paulistana que também vai cantar a diversidade é a Império de Casa Verde que falará sobre ancestralidade, identidade cultural e construção através dos batuques com o enredo “Império dos Tambores – Um Brasil Afromusical”.

A escola da zona norte paulistana trata sobre influência dos batuques e tambores africanos na religião, tradição, cultura e musicalidade trazidos da África para o Brasil.

“Há quase 20 anos, o Império não tinha uma temática afro. Optamos por algo que fugisse do lugar comum – da religião, do sofrimento da escravidão e optamos por algo mais musical. Juntamos todos os ritmos que vieram da África e aportaram no Brasil. Afinal, a conexão africana está sempre presente na música brasileira. Nos ritmos hoje mais modernos, como funk, charme. São ritmos da periferia, majoritariamente negra”, explica Rogério Figueira, Diretor de Carnaval da escola.

“Nosso enredo retrata um pouco da identidade de todo povo brasileiro. Negros ou não negros, temos algo da cultura negra em nossa identidade. Mesmo em cenários onde o negro não está presente, a cultura negra está. É o resgate da identidade brasileira”.

Diversidade, inclusão e espaços de acolhimento estão presentes também em outros espaços importantes da folia, como nos camarotes.

Um grito e uma alegria que devem tomar as ruas de todo país nos próximos dias, depois de dois anos sem a folia mais esperada do ano, que é o carnaval.

As 14 escolas de samba do Grupo Especial do carnaval de São Paulo desfilarão no Sambódromo do Anhembi

Dezessete escolas de samba dos grupos “A”, “B” e Especial participarão do Desfile Oficial das Escolas de Samba do Carnaval de Manaus 2023 até a madrugada de domingo (18/02).

Os desfiles das agremiações do Grupo de Acesso “A” estão programados para esta sexta-feira, 17/2, das 21h às 4h20 de sábado, 18/2. E a noite mais disputada, a do desfile das escolas de samba do Grupo Especial, iniciará às 20h de sábado, 18/2, com encerramento previsto para as 6h de domingo, 19/2.

Carnaval 2023: Primeira noite do Desfile Oficial das Escolas de Samba de Manaus

Com informação da CNN Brasil

Vídeo: Canal VOL

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Calçadas de Curitiba a arte sob os nossos pés https://www.focandonopositivo.com.br/calcadas-de-curitiba-a-arte-sob-os-nossos-pes/ https://www.focandonopositivo.com.br/calcadas-de-curitiba-a-arte-sob-os-nossos-pes/#respond Tue, 14 Jun 2022 20:00:43 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=2088 Quem visita Curitiba tem o prazer de caminhar nas longas calçadas cheias de recortes de pedrinhas e uma espécie de quebra cabeças preto e branco. Estas são as calçadas petit-pavé, também conhecido como mosaico português. Umas verdadeiras obras de arte sob os nossos pés. Além do charme que elas dão à cidade, os desenhos que […]

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Quem visita Curitiba tem o prazer de caminhar nas longas calçadas cheias de recortes de pedrinhas e uma espécie de quebra cabeças preto e branco. Estas são as calçadas petit-pavé, também conhecido como mosaico português. Umas verdadeiras obras de arte sob os nossos pés.

Além do charme que elas dão à cidade, os desenhos que os curitibanos e turistas pisam têm muitas histórias, arte, cultura e o talento de pessoas. Assentadas por mestres calceteiros de várias épocas, o trabalho artesanal e milenar resiste o passar dos anos.

As calçadas foram criadas pelo artista do Movimento Paranista Lange de Morretes no começo do século 20, quando vários artistas do velho continente vieram para as ex-colônias de Portugal e trouxeram a técnica dos mosaicos portugueses com basalto e calcário que é preservada até hoje.

O Movimento Paranista foi uma proposta estética regional, concebida para valorizar a identidade paranaense por meio de elementos que simbolizassem a singularidade do Paraná nas artes. O pinheiro (o principal deles), o pinhão, a erva-mate, a onça e a gralha azul estavam entre eles.

As calçadas de mosaico português ou petit-pavé são a identidade do Centro de Curitiba.Praça Osório. Foto: Dulce Maria Rodriguez

O mestre revela o secredo da técnica

Na Rua Voluntários da Pátria, no Centro, no ano de 2019 as mãos caprichosas dos irmãos e mestres dos mosaicos portugueses Sebastião e José de Souza têm reconstruído o petit-pavé que fizeram na mesma via há quase 50 anos. Um dos primeiros e dos muitos trabalhos feitos pelos irmãos na capital paranaense.

O segredo da técnica segundo Sebastião começa já na inspeção da qualidade da pedra, que deve ser bem cortada e com as dimensões de uma caixinha de fósforos. O tamanho menor deixa o mosaico mais bonito. A quantidade e o peso do que vai passar por cima da calçada conta também.

O preparo do terreno é igualmente importante: deve-se retirar uma camada de até oito centímetros de terra. Depois, medir o caimento do lugar, que deve ser proporcional à metragem. Antes de despejar a massa feita de areia e cimento, é preciso mexer, espalhar e nivelar.

O bom calceteiro vê com as mãos. Só pelo tato ele sabe qual das seis faces da pedra encaixará melhor. Foto: Daniel Castellano / SMCS

Aí entram as pedras. Para fazer os desenhos como os de pinhão e motivos indígenas, as pedras devem ser posicionadas sobre a base. “A colocação é sempre de fora da forma para dentro.” Cada pedra é encaixada seguindo o desenho definido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), responsável pelos projetos.

Para um metro quadrado de calçada de petit-pavé, os calceteiros usam entre 300 e 350 pedras, dependendo do desenho. “Por dia dá pra fazer uns 6 metros quadrados”, contou Sebastião para o portal XV Curitiba.

Uma a uma, o calceteiro escolhe pelo toque o lado da pedra que fica voltado para cima, onde o pedestre vai pisar. Se não der o encaixe, é preciso preparar a pedra antes de assentá-la. 

A técnica trazida por imigrantes no início do século 20, no Curitiba ganhaou desenhos art déco e art nouveau. Rua XV de Novembro. Foto: Dulce Maria Rodriguez

Ainda tem o fato de a mão não poder parar. Isso mesmo. Entre fixar uma pedra e procurar pela próxima, o martelinho continua. Do contrário, o ritmo vai por água abaixo.

Depois de terminar o trecho, o acabamento se dá por duas ou três camadas de massa de areia e cimento para os rejuntes. Entre uma e outra, a área é molhada e tudo é emparelhado com o soquete de madeira. “Esse é o momento de consertar as costas”, brinca .

O Movimento Paranista foi uma proposta estética regional criado por artistas e como Lange de Morretes, Domingos Nascimento, Romário Martins, Zaco Paraná e João Turin. Rua Monsenhor Celso. Foto: Dulce Maria Rodriguez

Onde encontrar na cidade?

Por toda a cidade é possível encontrar os diferentes desenhos das calçadas, mas principalmente no Centro e próximo aos pontos turísticos, você encontra com mais facilidade.

Próximo à Praça Tiradentes, você encontra calçadas com desenhos modernistas, com motivos geométricos criados pelo arquiteto Osvaldo Navaro.

Para se ter uma ideia da complexidade do petit-pavé, eis aqui alguns números: cada m² bem-feito precisa de 250 a 300 pedras. Rua da UFP. Foto: Dulce Maria Rodriguez

Já na Praça Osório, as calçadas curitibanas tornam-se um charme, desenhadas com pinhões nas laterais e desenhos com linhas sinuosas que fazem parte do movimento art nouveau. É o desenho mais clássico e muito amado pelos curitibanos.

Ao lado do Teatro Guaíra você encontra as lindas ondas do mar e próximo a qualquer parque você consegue pisar nos desenhos de Araucárias e indígenas que circulam pela cidade.

Curitiba é cheia de arte. Foto: divulgação

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