No próximo dia 26, última sexta-feira de novembro, a Internet vai tremer! Vem aí a Black Friday e o melhor período do ano para comprar produtos pela metade do preço ou com descontos ainda mais animadores dizem lojistas.
Segundo a pesquisa ‘A jornada do consumidor na Black Friday’ 60% dos entrevistados pretendem comprar na data, enquanto 24% ainda estão em dúvida. Ao todo, 51% dos consumidores disseram pretender comprar itens de eletrônicos e informática, 45% eletrodomésticos e eletroportáteis e 36% moda e acessórios.
A data já é tradição nos Estados Unidos, e no Brasil ganha cada vez mais importância no calendário do varejo.
O estudo desenvolvido pela All iN | Social Miner – empresa que une dados de consumo, tecnologia e humanização – em parceria com a Opinion Box, ouviu 1018 brasileiros, de todas as regiões e classes sociais, entre os dias 13 e 18 de outubro de 2021.
Ainda de acordo a pesquisa, fato a se destacar é que 26% das pessoas pretendem adiantar as compras de Natal e 22% estão abertas a comprar itens que não planejaram, mas que seriam interessantes se encontrassem ofertas.
Destacar é o desafio das lojas
Para o head de produto da All iN | Social Miner, Ricardo Rodrigues um dos grandes desafios do lojista na data é se destacar diante de uma infinidade de lojas, produtos e ofertas.
“A disputa por atenção na Black Friday é imensa e as redes sociais se tornaram uma importante ferramenta de exposição e uma máquina de vendas para as lojas. É inclusive o que mostra a nossa pesquisa sobre as tendências do Social Commerce “.
E os anúncios parecem estar surtindo efeito: 48% dos entrevistados afirmaram interagir com campanhas nas redes sociais e 26% especificamente pelo WhatsApp.
E o e-mail marketing continua com tudo: 47% dos consumidores afirmam que interagem com as promoções que recebem por este meio.
De acordo com Ricardo, “os dados da pesquisa apontam que a Black Friday abre oportunidades não só durante mas também antes e depois do evento, para cobrir diversas etapas da jornada de compra, desde a conversão de visitantes em consumidores cadastrados, até a retenção de quem já comprou ou o incentivo para quem ainda não comprou mas já deu a dica sobre o que procura”.
Cuidados para não cair em golpe
Com a popularidade da data, os golpes também acabaram se tornando comuns.
Para evitar que os consumidores sejam vítimas, o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Teresa, Roberto Melo, lista algumas dicas:
Segundo Roberto Melo, a Black Friday se tornou popular tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas e em ambos, o consumidor deve ficar atento para não ter problemas.
Dados da ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, apontam que as práticas de fraude devem crescer 52% na Black Friday de 2021.
1-Não comprar por impulso
É preciso avaliar se o produto que pretende-se comprar é necessário e se cabe no orçamento. Lembre-se, oferta não é sem custo.
2-Planejar o que se pretende comprar
Apesar dos descontos tentadores, não se deixe levar por compras desnecessárias. Faça uma lista com itens que realmente deseja comprar.
3- Pesquisar preços com antecedência
Se possível até anotar os valores dos produtos. Dessa forma, é possível verificar se realmente a loja aplicou um desconto vantajoso no produto. Ele diz que já existem sites especializados em fazer comparação de preços.
“Existem lojas que semanas antes colocam o preço do produto lá em cima para que no dia da Black Friday o cliente se surpreenda com o desconto. O consumidor pode evitar cair nesse golpe fazendo a pesquisa com antecedência”, frisou.
4- Verifique as condições do produto
O professor orienta também que o comprador verifique as condições do produto caso este apresente defeito, se é permitido troca. “Leia todas as orientações e informações disponibilizadas no produto e pelo estabelecimento. Isso pode evitar dor de cabeça”.
Nas compras Online
Outro ponto de atenção é com as compras online. O e-commerce, que já vinha tendo um crescimento considerável nos últimos anos, teve um boom durante o período de isolamento social causado pela pandemia.
“Mesmo pessoas que não estavam acostumadas a fazer compras nesse formato passaram a adotar esses canais. Isso é muito bom, mas exige cuidado dobrado para não cair em golpes. E-mail, sms, telefonema, mensagens de WhatsApp e falsos anúncios são só algumas das táticas de fraudes usadas no período”.
De acordo com Roberto Melo, algumas orientações podem ser seguidas pelos consumidores, como por exemplo:
- Não clicar em links recebidos em mensagens e e-mails, não passar dados para cadastro de desconto.
- Ficar atento ao domínio do site porque algumas vezes os golpistas criam um site quase idêntico ao de uma loja oficial, mudando apenas uma letra na barra de endereço.
- Escolher o cartão virtual, oferecido pelas operadoras. Nesse formato, um número novo de cartão é gerado no próprio aplicativo e fica disponível por determinado tempo.
“É como os tokens de segurança usados nos aplicativos de banco. Utilizando esse meio, o comprador tem a alternativa, caso aconteça do cartão ser clonado, de cancelar o número virtual sem precisar emitir um cartão novo”.
- Outras orientações são pesquisar se o site possui endereço físico, número de contato e se não possui inúmeras reclamações em relação a cumprimento de prazos de entrega.
Na loja física
Conforme o especialista nas lojas físicas, os produtos precisam ter o valor sinalizado e visível.
Não é permitido impor quantidade mínima de compra, pois isso se caracteriza como compra casada.
A troca de produto é obrigatória caso o item apresente defeito.
Apesar da entrada do 13º salário, novembro não é um bom mês para estourar o orçamento, devido às despesas de início de ano. No mais, é aproveitar a data para economizar muito e fechar bons negócios.